Feira tem quantos deputados estaduais? Alguns de meus colegas responderiam três, a priori. Uma figura importante para a política feirense tem passado despercebida pela imprensa - não acredito que por acaso. Longe de uma liderança de governo, de um microfone diário ou do título de primeira dama. Longe da lista dos "investidores" assíduos da nossa querida imprensa. José de Arimatéia (PRB) segue construindo seu mandato com precisão e pluralidade. Mais do que se esperava de um pastor da Igreja Universal de legislar para os seus, e só. A presidência da Comissão de Saúde e Saneamento tem contribuído para que o deputado alcance notoriedade  a nível estadual. Pena que em Feira, ele não seja reconhecido como deveria.

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Se em São Paulo algumas tendências do PT querem “empurrar”, o Ministro da Educação, Fernando Haddad, como candidato à Prefeitura da maior capital do Brasil, sem a realização de prévias, em Feira de Santana, o cenário não é muito diferente. O deputado estadual, Zé Neto, que se diz o preferido do ex-presidente Lula e do governador Wagner, tem se articulado para impedir a possibilidade de ter que enfrentar, mais uma vez, o deputado federal Sérgio Carneiro numa disputa interna. Em 2008, Neto foi derrotado por Carneiro que acabou sendo o candidato do PT nas eleições. Em recente entrevista, Sérgio que vinha evitando o assunto foi enfático. “No PT, as coisas não funcionam no ‘dedaço’. Conheço o governador e sei que ele não fará interferência desse nível”, afirmou ao ser questionado sobre uma suposta interferência de Wagner na escolha do candidato.  Por outro lado, Zé Neto tem evitado o assunto prévia, mas em reuniões fechadas tem dito que  a realização da mesma pode dividir o PT  e prejudicar os planos de uma candidatura forte. Uma coisa é certa: PT sem prévia não é PT, assim como democracia sem o livre exercício da democracia não é democracia. O que Zé Neto quer, na verdade, é ganhar de W.O. Ou seja: ser candidato sem passar pelo crivo dos filiados. Talvez porque, nem sempre o que ele quer, coincide com o que a maioria dos filiados do partido querem. Vide 2008.

O deputado estadual, Zé Neto, líder do governo na Assembleia Legislativa, foi colocado na fogueira pelo governador Wagner. Em pleno ano pré-eleitoral, onde o deputado feirense precisa “estar mais leve” para entrar numa disputa pela prefeitura de Feira de Santana com José Ronaldo (DEM), Colbert Martins (PMDB) e Tarcízio Pimenta (PDT), o governador imputa a ele a missão de defender  o desgastante projeto que pretende limitar o número de atendimentos de urgência dos servidores públicos que utilizam o Planserv. Uma verdadeira “crocodilagem” do governador com seu “pupilo”.  Que Wagner não gosta de Feira e não se preocupa com os funcionários públicos já está mais que claro, mas, agora, diante das evidências, já é plausível conjecturar que ele não tem lá muito apreço por Zé Neto.

O Governo do Estado da Bahia, atualmente administrado pelo Partido dos Trabalhadores, representado pelo governador Jaques Wagner, precisa urgentemente resolver o problema dos funcionários contratados através do sistema PST. Os atrasos nos salários destes trabalhadores são constantes. Segundo um funcionário do governo revelou ao Blog do Velame, os trabalhadores contratadas via PST, receberam o salário do mês de janeiro no dia 22 de fevereiro e o mês de fevereiro até agora, 31 de março, não foi pago. Uma situação lamentável. A ironia disso tudo é que o PT era quem mais reclamava dos Reda’s que imperavam nos governos do PFL, mas agora inventou os PST’s, sistema que para muitos, é uma versão piorada da famigerada prática carlista de contratar. Conclusão: o circo é sempre o mesmo, só mudam os palhaços.

A falsa relação de cordialidade entre o prefeito Tarcízio Pimenta e o ex-prefeito José Ronaldo finalmente chegou ao fim.  As recentes declarações de Pimenta aboliram de uma vez com a teoria defendida na campanha de “terceiro mandato”, o que de fato, não passou de puro marketing eleitoral. Agora, resta a Ronaldo assumir sua posição de oposição ao governo municipal e ordenar que seus seguidores, bajuladores e afins deixem o governo, caso contrário, poderá ser taxado de aproveitador. No mais, o rompimento das duas maiores lideranças da cidade no momento deixa apenas uma certeza: 2012 é agora!

É inegável a competência do petista Sérgio Carneiro como deputado federal. Ele é um político diferenciado, acima da média. Entretanto, o deputado feirense carece de um “choque de realidade”. Precisa, na verdade, sair do mundo surreal que vive e aportar no mundo real, que o cerca. Sérgio, atualmente, vive de sonhos. Sonhou que se reelegeria deputado, não conseguiu e acabou suplente. Sonhou que seria secretário do governo Jaques Wagner, foi ignorado, mas não desistiu de sonhar. Agora, tem dito que será indicado para assumir uma cadeira no Tribunal de Contas - mais um sonho que não se realizará. Na verdade, o deputado precisa abrir os olhos. Sonhar é bom, mas em alguns casos, despertar é melhor ainda.

Sou daqueles que não acredita que exista jornalista e/ou radialista político apartidário, da mesma maneira que nunca vi um repórter esportivo que não seja apaixonado por seu time de futebol. Entretanto, um comunicador bem preparado consegue e deve esconder suas preferências. O radialista-deputado Carlos Geilson precisa repensar suas atitudes. Ele não é um político que virou radialista, é um radialista que virou político, e por mais complexo que isso seja, faz diferença. Sua duplicidade de atividades é incompatível com o que manda o bom senso, tanto na política como no jornalismo, e isso está cada dia mais latente. Quem avisa, amigo velho é.